O recuo foi generalizado, com o índice seletivo Dow Jones Industrial Average a recuar 0,84%, o alargado S&P500 a desvalorizar 1,12% e, de forma mais acentuada, o tecnológico Nasdaq a perder 1,90%.

Segundo Sam Stovall, da CFRA, esta situação deve-se em parte ao facto de o mercado estar "sem catalisadores suscetíveis de apoiar ou impulsionar as cotações", uma vez que a época de divulgação de resultados terminou na sua maioria.

A incerteza é agravada pelo impasse orçamental no Congresso dos EUA, que priva os investidores de informação económica oficial. Os dados de fontes privadas mostraram-se contraditórios: um relatório do gabinete Challenger, Gray & Christmas indicou o maior número de supressões de empregos para um mês de outubro desde 2003, enquanto o inquérito ADP, na véspera, mostrou uma criação de empregos no setor privado, levando Stovall a considerar que estas estatísticas "anulam-se de alguma maneira".

A queda foi liderada por empresas tecnológicas como a Nvidia (-2,61%), a AMD (-5,80%) e a Microsoft (-1,98%).

O entusiasmo com a Inteligência Artificial (IA), que impulsionou o mercado nos últimos meses, enfrenta agora o ceticismo dos analistas, que se inquietam com a possibilidade de as cotações terem subido demasiado e com as dúvidas sobre a capacidade das empresas para absorverem os "custos colossais da IA".