A bolsa de Lisboa destacou-se pela negativa, com o seu principal índice a ser fortemente pressionado pela desvalorização acentuada das ações do grupo EDP.

O sentimento negativo foi visível em todo o continente, com o alemão DAX a perder 1,27%, o francês CAC 40 a recuar 1,36% e o britânico FTSE 100 a ceder 0,70%.

Em Lisboa, o índice PSI acompanhou a tendência, chegando a cair 1,26%, pressionado sobretudo pelo mau desempenho do setor energético.

As ações da Energias de Portugal (EDP) lideraram as perdas, cedendo 6,45%, enquanto a sua subsidiária EDP Renováveis recuou 4,60%.

Esta forte desvalorização foi uma reação direta dos investidores aos resultados financeiros e ao 'guidance' apresentados pelas empresas, que foram considerados dececionantes.

Os lucros do grupo EDP recuaram 12% nos primeiros nove meses do ano, enquanto os da EDP Renováveis tombaram 49%. Este pessimismo em torno da EDP ofuscou os ganhos de outras cotadas, como os CTT, que somaram 4,55%.

O ambiente geral na Europa foi também influenciado pelos receios que pairam sobre o setor tecnológico a nível global, nomeadamente a preocupação com uma possível bolha especulativa em torno da Inteligência Artificial, que contribuiu para a aversão ao risco por parte dos investidores durante a sessão.