As valorizações de muitas empresas tecnológicas são consideradas excessivas e descoladas dos seus lucros reais, o que contribuiu para a recente correção nos mercados.

O alerta foi dado de forma contundente por especialistas como John Hardy, estratega do Saxo Bank, que afirmou: “Estamos muito em território de bolha com a inteligência artificial.

Os lucros não estão lá para justificar estas valorizações, que são loucas”.

Esta visão reflete uma preocupação mais ampla de que o entusiasmo com a IA potenciou as ações de tecnologia a valores recorde, sem uma base de lucros correspondente.

Um dos principais riscos apontados é a elevada concentração do mercado num pequeno número de gigantes tecnológicas, as chamadas 'sete magníficas'.

Segundo Hardy, esta dependência torna o sistema vulnerável, pois “basta que alguma coisa aconteça com essas empresas de topo para que o mercado desligue”.

Adicionalmente, surgem dúvidas quanto à capacidade dos conglomerados tecnológicos para absorverem os "custos colossais" associados ao desenvolvimento da IA, o que pode pressionar as suas margens de lucro futuras.

Este ceticismo crescente foi um dos principais catalisadores para a queda acentuada do Nasdaq e de outras ações tecnológicas nos mercados globais, indicando uma reavaliação do risco por parte dos investidores.