A forte desvalorização surge como reação direta dos investidores aos resultados financeiros dos primeiros nove meses do ano, que ficaram aquém das expectativas.

O pessimismo dos investidores foi evidente desde a abertura da sessão, com as ações a caírem de forma acentuada.

No fecho, a EDP cedeu 6,45% e a EDPR recuou 4,60%, arrastando o índice nacional para perdas significativas.

A causa principal desta reação negativa foi a divulgação de resultados na quarta-feira.

O grupo EDP anunciou que o seu lucro caiu 12% para 952 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, em comparação com o período homólogo. A situação foi ainda mais pronunciada na EDPR, onde os lucros tombaram 49%, para 107 milhões de euros. As empresas foram penalizadas por um menor número de centrais eólicas e solares vendidas, pela descida do preço médio de venda de energia e pelo registo de imparidades pela EDPR na Europa e nos EUA. Uma análise da corretora XTB, citada nos artigos, acrescenta um ponto de preocupação ao destacar que “o nível de endividamento da empresa [EDPR] continua a ser muito grande (quase do tamanho do capital próprio), o qual deve continuar a ser monitorizado de perto pelos investidores”. Este conjunto de fatores justificou a forte pressão vendedora sobre os títulos do grupo ao longo de toda a sessão.