O receio de uma bolha especulativa em torno da Inteligência Artificial (IA) e a dúvida sobre a rentabilidade dos avultados investimentos na área pesaram no sentimento dos investidores a nível global.
O entusiasmo que levou os mercados a máximos históricos nos últimos meses, impulsionado pela promessa da IA, parece estar a dar lugar a uma maior cautela.
Os investidores manifestam uma preocupação crescente com as elevadas avaliações das empresas tecnológicas e com a possibilidade de "que as despesas consagradas" ao desenvolvimento da IA "não sejam rentáveis em um futuro próximo", como sublinhou um analista.
Esta correção não se limitou a Wall Street, tendo sido também o principal motivo para as quedas registadas nas bolsas asiáticas, nomeadamente em Tóquio, Xangai e Hong Kong.
A incerteza sobre a sustentabilidade financeira do setor foi parcialmente abordada por figuras proeminentes da indústria.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, sentiu necessidade de esclarecer que a sua empresa não procura um resgate governamental ('bailout') para financiar a expansão dos seus centros de dados, afirmando que o governo não deve "resgatar empresas falidas com dinheiro dos contribuintes". Este sentimento foi ecoado pelo conselheiro de IA de Donald Trump, David Sacks, que declarou não haverá resgate federal para a indústria. Estas declarações surgiram para acalmar os mercados após comentários da CFO da OpenAI terem sido interpretados como um pedido de garantias de empréstimos governamentais.














