Esta preocupação tornou-se um tema central nos mercados, contribuindo para um início de mês negativo nos Estados Unidos.
A inquietação é alimentada por “inúmeros reparos de gestores” sobre a avaliação dos investimentos associados à IA, indicando um ceticismo crescente entre os profissionais de Wall Street sobre a sustentabilidade dos preços atuais.
A materialização deste sentimento foi visível na gigante dos semicondutores Nvidia, que viu o seu valor em bolsa “afundar 600 mil milhões de dólares” numa única semana. O movimento mais simbólico partiu de Michael Burry, o investidor que ficou famoso por antecipar a crise do "sub-prime" de 2008, que revelou ter posições a descoberto (apostas na queda) contra a Nvidia e a Palantir.
A ação de uma figura tão proeminente, juntamente com o facto de outros executivos de Wall Street já falarem abertamente numa “correção”, sinaliza uma potencial viragem no mercado. O debate intensifica-se sobre se se trata de um reajuste saudável após uma subida meteórica ou os primeiros sinais do rebentamento de uma bolha especulativa. A confluência destes fatores – ceticismo de gestores, perdas massivas de valor e apostas de investidores de renome contra o setor – coloca a sustentabilidade do rali da IA sob intenso escrutínio, com implicações potenciais para a estabilidade geral dos mercados, dada a elevada ponderação destas empresas nos principais índices.













