Este desempenho positivo do índice geral contrasta de forma acentuada com os resultados financeiros divulgados por algumas das suas empresas mais influentes.

No setor da energia, a EDP anunciou uma queda nos lucros de 12%, para 952 milhões de euros, enquanto a sua subsidiária de energias renováveis, a EDP Renováveis, sofreu um revés ainda maior, com os lucros a caírem 49%, para 107 milhões de euros. Fora do setor energético, a Corticeira Amorim também reportou um declínio de 4,5% nos seus lucros, que se fixaram em 45,7 milhões de euros.

Esta divergência entre o otimismo refletido no índice e a realidade dos balanços de empresas-chave levanta questões sobre os fatores que sustentam a valorização do mercado português. Os artigos não fornecem uma explicação para este paradoxo, mas a situação sugere que os investidores podem estar a focar-se em perspetivas macroeconómicas mais favoráveis para Portugal, no desempenho de outras empresas do índice não mencionadas, ou a antecipar uma recuperação futura dos lucros.

A resiliência do PSI face a notícias empresariais adversas indica uma forte confiança subjacente no mercado de capitais nacional.