Enquanto o índice industrial Dow Jones alcançou um novo recorde, o tecnológico Nasdaq foi penalizado por vendas no setor.

O fecho da sessão em Nova Iorque evidenciou duas realidades distintas.

O Dow Jones somou 0,68%, atingindo um novo máximo histórico de 48.255,07 pontos, e o S&P 500 registou um ganho marginal de 0,08%.

Em contrapartida, o Nasdaq, de forte pendor tecnológico, perdeu 0,26%, caindo para 23.406,46 pontos.

Esta divergência foi o resultado de um movimento de capital, onde os investidores se afastaram das ações tecnológicas, que tinham tido um desempenho excecional, para se concentrarem em setores da economia considerados mais tradicionais e com avaliações mais baixas.

Empresas de saúde como a Merck, Amgen e Johnson & Johnson estiveram entre as beneficiadas. A queda do Nasdaq foi exacerbada por notícias negativas de empresas específicas, como a venda da participação da SoftBank na Nvidia, que fez as ações da fabricante de chips cair 2,96%. O otimismo geral, que sustentou o Dow Jones, foi alimentado pela expectativa do fim da paralisação do governo dos EUA. O analista de mercados do Millenium, Ramiro Loureiro, referiu que “Wall Street arranca em alta, partilhando o ambiente de otimismo que se vive nas congéneres europeias”.

No entanto, nem todo o setor tecnológico esteve em baixa, com a AMD a disparar graças a boas projeções, mostrando que os investidores ainda procuram oportunidades específicas dentro do setor.