Esta perspetiva sugere que a descida não se deve apenas a novos receios, mas também ao apetite dos investidores para capitalizarem os lucros acumulados.
O analista Ramiro Loureiro, do Millenium, sublinha que “depois dos principais índices de ações norte-americanos terem atingido o valor mais elevado de sempre e de um rally de sete meses consecutivos de valorização no Nasdaq 100, os mercados vivem um ciclo de correção”.
Esta visão é corroborada pela research da mesma instituição, que afirma que, após muitos índices alcançarem máximos históricos, “é natural que os investidores aproveitem para realizar mais-valias”.
O índice tecnológico americano, por exemplo, registou sete meses consecutivos de subidas até outubro. O mercado português também viveu um período excecional, com o PSI a acumular “ganhos em todos os meses este ano, um marco inédito, valorizando mais de 30% até ao final de outubro”.
Neste contexto, a correção é vista como um movimento técnico e saudável, permitindo um reajuste das avaliações.
Embora fatores como a incerteza da Fed e os receios sobre a IA tenham servido de gatilho, a base para a venda já estava estabelecida por um mercado que muitos consideravam sobreaquecido e pronto para uma pausa.











