As consequências da recente paralisação do governo dos EUA ('shutdown'), que durou 43 dias, continuam a ser um fator de incerteza para os mercados financeiros. A principal repercussão é o atraso na divulgação de dados macroeconómicos cruciais, o que complica a análise do estado da economia e, consequentemente, as decisões de política monetária da Reserva Federal (Fed). Os artigos destacam que “a falta de dados dificulta o trabalho da Reserva Federal dos EUA (Fed) a curto prazo”. Os investidores e a própria Fed aguardam agora que os dados em atraso comecem a ser publicados, incluindo o relatório oficial de emprego de setembro.
A divulgação destes indicadores poderá fornecer uma imagem mais clara do impacto económico da paralisação.
Existe o receio de que o 'shutdown' possa ter gerado “efeitos negativos no mercado laboral e no consumo”, o que, a confirmar-se, poderia influenciar a Fed a adotar uma postura mais acomodatícia. No entanto, a ausência de informação concreta no presente aumenta a incerteza e a volatilidade.
Segundo a research do Millennium, “quando começarem a ser divulgados os dados macroeconómicos em atraso devido à paralisação governamental americana... poderá haver uma maior definição da tendência de médio longo prazo nos mercados”. Curiosamente, o movimento de correção nos mercados está a ocorrer precisamente após o fim do 'shutdown', num momento em que a atenção se vira para os seus possíveis efeitos negativos.
Em resumoO recente 'shutdown' do governo dos EUA deixou um rasto de incerteza, principalmente devido ao atraso na publicação de indicadores económicos. Esta falta de dados está a dificultar a tomada de decisões da Fed e a contribuir para a volatilidade, com os mercados a temerem os potenciais impactos negativos no emprego e no consumo.