A taxa a seis meses, principal indexante do crédito à habitação em Portugal, continuou a sua trajetória ascendente. No detalhe das fixações de terça-feira, a Euribor a três meses avançou para 2,051%, enquanto a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 2,155%. Em contrapartida, a Euribor a 12 meses registou uma ligeira descida, sendo fixada em 2,233%.

De acordo com dados do Banco de Portugal referentes a setembro, a Euribor a seis meses representava 38,3% do total de empréstimos para habitação própria com taxa variável, o que torna a sua evolução particularmente relevante para as famílias portuguesas. Estes movimentos ocorrem num contexto em que o Banco Central Europeu (BCE) manteve as suas taxas diretoras inalteradas na última reunião de política monetária, a 30 de outubro. A presidente do BCE, Christine Lagarde, considerou na altura que a entidade se encontrava “em boa posição” do ponto de vista da política monetária. A próxima reunião do BCE está agendada para 17 e 18 de dezembro, sendo aguardada com expectativa para obter mais indicações sobre o futuro das taxas de juro na Zona Euro.