O medo de que o “frenesi de investimentos em inteligência artificial (IA)” tenha conduzido os mercados a uma bolha tornou-se palpável. Os investidores estão cada vez mais nervosos com a possibilidade de “os gastos massivos não se traduzam em progressos significativos”. Esta preocupação, como salienta a BA&N, está “centrada na capacidade de as companhias recuperarem os avultados investimentos que estão a efetuar na inteligência artificial”.

O sentimento foi tão forte que nem os resultados robustos da Nvidia foram suficientes para o dissipar, um sinal claro da fragilidade do mercado. A situação levou o CEO da Alphabet, Sundar Pichai, a alertar que nenhuma empresa ficaria imune a um eventual colapso do boom da IA.

Este nervosismo resultou numa fuga ao risco, provocando uma venda generalizada que levou as ações globais à sua pior semana desde abril, com o índice MSCI ACWI a acumular uma queda semanal de 3%.

O analista Dan Coatsworth, da AJ Bell, resumiu o sentimento: “Quando os mercados permanecem numa situação delicada, é inevitável que algumas pessoas queiram proteger os lucros reduzindo as suas posições. Esse comportamento de venda é provavelmente o que está a prejudicar os mercados.”