O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI, interrompeu em novembro uma série de ganhos mensais consecutivos que se verificava desde o início de 2025. Apesar da queda de 3,75% no mês, o índice acumula ainda uma robusta valorização anual de 27,2%. De acordo com uma análise da Maxyield, o comportamento do PSI em novembro ocorreu em contraciclo com o mercado global, que registou um ligeiro crescimento. A associação de pequenos acionistas refere que "esta evolução interrompe a serie de crescimentos mensais consecutivos do PSI, observados desde o inicio de 2025", acrescentando que a correção "não significa uma inversão da sua trajetória positiva, mas também não esconde sinais de esgotamento do atual ciclo de crescimento".
A volatilidade foi elevada, com apenas quatro cotadas do PSI a registarem subidas no mês, lideradas pelo BCP (+7,3%) e Sonae SGPS (+5%).
Do lado das perdas, destacaram-se a Mota-Engil (-20,9%), a EDP (-10,8%) e a EDP Renováveis (-9,5%).
A análise alerta ainda para o facto de o PER (relação cotação/lucro) do mercado português se apresentar "tendencialmente elevado", o que poderá gerar "uma situação de sobreaquecimento e efeito de bolha", despertando o interesse de 'short-sellers'.
Em resumoNovembro marcou a primeira queda mensal do PSI em 2025, pondo fim a um longo ciclo de valorizações, embora o balanço anual permaneça fortemente positivo. A análise aponta para sinais de esgotamento e riscos de sobrevalorização no mercado português.