O principal índice da bolsa portuguesa, o PSI, recuou 1,33% para 8.090,50 pontos, terminando com o pior desempenho entre as principais praças europeias.

A causa direta desta performance foi a queda de 14,68% das ações da Galp, que fecharam a valer 14,79 euros.

A reação negativa dos investidores deveu-se ao anúncio de uma parceria com a TotalEnergies, na qual a Galp troca 40% da sua participação na promissora área PEL 83, na Namíbia, por participações em outras duas áreas operadas pela multinacional francesa, que passará a assumir a operação desta licença.

A dimensão da queda sugere que o mercado penalizou os termos do acordo, possivelmente considerando que a Galp abdicou de demasiado potencial no projeto de Mopane.

Este desfecho contrastou fortemente com o início do dia, quando o PSI negociava em alta, chegando a valorizar 0,43%.

Nessa altura, as perdas da Galp eram de apenas 0,89%, o que demonstra uma deterioração acentuada do sentimento ao longo do dia à medida que os detalhes do negócio eram digeridos pelo mercado. No final da sessão, das 16 cotadas do PSI, nove fecharam em baixa e apenas cinco em alta, evidenciando que, embora a Galp tenha sido o principal catalisador, o sentimento negativo foi generalizado.