O desempenho negativo foi largamente influenciado pelas perdas significativas no setor da energia, que anularam os ganhos registados noutros setores como a construção.

Enquanto índices como o francês CAC40 (+0,79%) e o espanhol Ibex35 (+0,72%) registavam ganhos sólidos, motivados pela política monetária da Fed, o PSI recuou 0,31%, fechando nos 7.993,87 pontos, abaixo da barreira psicológica dos 8.000 pontos.

A principal causa para esta divergência foi o comportamento das empresas do setor energético, que têm um peso significativo no índice nacional.

A EDP liderou as perdas, caindo 1,98%, seguida de perto pela EDP Renováveis, que desceu 1,97%, e pela REN, que também registou uma queda acentuada. O analista Ramiro Loureiro destacou que “em Portugal o PSI contrariou o exterior, recuando 0,3%, penalizado pelas descidas superiores a 1% do grupo EDP e da REN”, acrescentando que o setor energético foi também “arrastado pela queda dos preços do petróleo”.

Nem o forte desempenho de outras cotadas foi suficiente para inverter a tendência.

A Mota-Engil disparou 5,77% e a Teixeira Duarte subiu 3,85%, animando o setor da construção, mas os seus ganhos foram insuficientes para compensar o lastro das “utilities”.

O BCP também se destacou pela positiva, com uma subida de 1,12% que o levou a atingir a cotação de fecho mais elevada do ano.