A sustentabilidade dos elevados investimentos e das valorizações de empresas ligadas à IA está a ser cada vez mais questionada pelos investidores.

Esta preocupação foi um dos fatores que “ensombraram Wall Street” e levaram ao fecho negativo do Nasdaq.

Os analistas debatem se o entusiasmo em torno da IA está a criar uma “exuberância irracional”.

O gestor Alex Tedder, da Schroders, reconhece a existência de “crescentes receios sobre uma possível bolha de IA”, mas contextualiza o debate.

Ele salienta que o destino do mercado americano depende da confiança contínua na IA, dado que as maiores empresas tecnológicas representam mais de 70% do investimento total do S&P 500.

A questão central, segundo Tedder, “é se os modelos de IA conseguem monetizar a uma taxa que justifique os enormes gastos”. Apesar de alguns sinais de alerta, o gestor argumenta que o entusiasmo pode ser “bastante racional”, citando as projeções de receitas do ChatGPT, que poderiam justificar uma avaliação de mercado muito superior à atual. No entanto, o risco de uma correção motivada pelo rebentar desta potencial bolha permanece como uma das principais preocupações para 2026.