As perspetivas para 2026 apontam para a continuação do otimismo, sustentado por lucros empresariais robustos, pelo avanço da inteligência artificial (IA) e por oportunidades nos mercados emergentes.

Em 2025, mercados como os de Tóquio, Hong Kong, Milão e Frankfurt registaram valorizações superiores a 20%, enquanto o ouro atingiu recordes, ultrapassando os 4.381 dólares por onça, beneficiando da fraqueza do dólar. Para 2026, analistas da Schroders e da XTB preveem uma “aterragem suave” da economia dos EUA e um contínuo suporte para os mercados acionistas.

Um dos principais motores é o investimento estrutural em IA.

Afasta-se um cenário de repetição da bolha ‘dot-com’ de 2000, pois, ao contrário dessa altura, “as empresas tecnológicas geram, atualmente, fluxos de caixa reais e lucros que acompanham o preço das ações”. A Nvidia é citada como exemplo, cujos lucros cresceram a um ritmo que manteve os múltiplos de avaliação estáveis. O potencial de monetização da IA é considerado substancial, com projeções de receitas de 200 mil milhões de dólares para os modelos ChatGPT até 2030. Adicionalmente, os mercados emergentes são vistos como atrativos, com avaliações razoáveis e o potencial de beneficiarem de uma desvalorização do dólar.

No mundo das criptomoedas, antecipa-se que a Ethereum possa ultrapassar a Bitcoin em capitalização de mercado, tornando-se o “verdadeiro motor de crescimento da economia ‘blockchain’” em 2026.