A queda foi motivada por notícias que geraram dúvidas sobre a viabilidade de um dos seus projetos de centros de dados, ampliando os receios sobre os retornos dos investimentos em IA.

A desvalorização acentuada da Oracle foi o principal catalisador para o sentimento negativo que se alastrou por todo o setor.

Uma notícia do Financial Times indicava que o seu parceiro habitual, a Blue Owl, não iria apoiar a construção de uma nova infraestrutura, o que fez ressurgir os receios de que os avultados investimentos em IA possam não ter o retorno esperado a curto prazo.

Embora a tecnológica norte-americana tenha vindo a público desmentir a informação, a negação não foi suficiente para estancar as perdas em bolsa.

Este evento específico serviu como um alerta para os investidores, que começaram a questionar a sustentabilidade dos planos de expansão agressivos de várias empresas do setor. A situação da Oracle ilustra a sensibilidade do mercado a qualquer sinal de que a procura por infraestruturas de IA possa não corresponder às expectativas otimistas que têm impulsionado as cotações. A reação em cadeia demonstra como a confiança dos investidores está interligada, com um evento negativo numa empresa de grande dimensão a ser interpretado como um sintoma de um problema mais vasto no setor, nomeadamente a possibilidade de os custos gigantescos com a expansão da capacidade de computação não se traduzirem em lucros imediatos.