As suas declarações sobre tarifas e inflação foram recebidas com ceticismo, num momento de ansiedade pública sobre o custo de vida.

Num discurso proferido na Casa Branca, Trump afirmou ter herdado "uma trapalhada" e que a está a "consertar", prometendo um crescimento económico "como o mundo nunca viu".

No entanto, os dados económicos pintam um quadro mais complexo.

A inflação, que vinha a abrandar, voltou a acelerar após a imposição de tarifas sobre as importações em abril, com o índice de preços ao consumidor a aumentar a uma taxa anual de 3%. Adicionalmente, a taxa de desemprego subiu de 4% em janeiro para 4,6%. Trump tentou contrariar a perceção pública negativa, utilizando gráficos para mostrar uma trajetória ascendente e fazendo promessas de queda nas taxas de hipotecas e reformas no setor da habitação. Para aliviar as dificuldades financeiras de muitas famílias, anunciou o envio de um cheque de 1.776 dólares a 1,45 milhões de militares, financiado, segundo ele, pelas tarifas. O discurso reflete a pressão sobre a administração para responder à frustração pública com a economia, especialmente com as eleições intercalares de 2026 no horizonte. Apesar de o mercado de ações estar em alta, a persistência da inflação e o enfraquecimento do mercado de trabalho geram incerteza sobre as perspetivas económicas.