A instituição monetária justificou a decisão com a aproximação da inflação à meta de 2% e com uma melhoria nas perspetivas de crescimento económico para a Zona Euro. Na sua reunião de política monetária, o Conselho do BCE confirmou que a taxa de depósito permanece em 2,00%, a taxa das principais operações de refinanciamento em 2,15% e a taxa de cedência de liquidez em 2,40%. Esta foi a quarta manutenção consecutiva, o que significa que as taxas ficarão congeladas, pelo menos, até à próxima reunião, a 5 de fevereiro de 2026. A decisão foi justificada pela resiliência da economia e pela trajetória da inflação, que o BCE prevê que se situe em 1,9% em 2026 e 1,8% em 2027.

Adicionalmente, o banco central reviu em alta as projeções de crescimento económico.

A BlackRock considerou a decisão "a correta", com o seu estratega Roelof Salomons a afirmar que "o BCE está a caminhar na corda bamba" e que a manutenção prolongada das taxas é o seu cenário base.

Apesar da decisão ser consensual, as opiniões sobre o futuro dividem-se.

A maioria dos economistas prevê que as taxas se mantenham inalteradas até meados de 2026, mas há quem admita um corte no primeiro semestre, como a AllianzGI, ou até mesmo o risco de uma subida no final do ano, como o Rabobank.

O BCE, por sua vez, não se comprometeu com uma trajetória específica, reiterando que seguirá uma "abordagem dependente dos dados e reunião a reunião".