A decisão contrasta com a manutenção da política monetária por parte do Banco Central Europeu. A medida do banco central do Reino Unido era amplamente esperada pelos analistas e investidores, conforme sublinhado pela research do Millennium Investment Banking, que já antecipava um corte.
O analista Ramiro Loureiro confirmou que a decisão foi "em linha com o previsto", o que explica a ausência de uma reação de surpresa por parte dos mercados. Este passo do BoE representa um movimento de divergência em relação ao seu homólogo da Zona Euro, o BCE, que no mesmo dia optou por manter as suas taxas inalteradas.
Enquanto a autoridade monetária europeia se mostra confortável com as atuais perspetivas de inflação e crescimento, o BoE sinaliza com este corte a necessidade de estimular a economia britânica.
A decisão insere-se num quadro global complexo, onde os principais bancos centrais adotam estratégias distintas: o BoE inicia um ciclo de descidas, o BCE permanece em pausa e as expectativas para a Reserva Federal dos EUA apontam para futuros cortes em 2026. Esta divergência de políticas monetárias é um fator crucial que deverá influenciar os mercados de câmbio e de dívida soberana nos próximos meses, criando oportunidades e riscos para os investidores globais.














