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Política August 1, 2025

Governo inicia processo para reconhecer Estado da Palestina

O Governo anunciou que vai ouvir o Presidente da República e os partidos com assento parlamentar para "considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano" em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas.

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A decisão surge após Portugal ter subscrito uma declaração conjunta com outros 14 países na ONU, que considera o reconhecimento um "passo essencial para a solução de dois Estados". O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que se trata de um "percurso paulatino, seguro, consistente", e que o objetivo não é "levar uma medalha", mas sim alcançar a "paz no Médio Oriente".

O Governo estabeleceu condições para o reconhecimento, como um Hamas desmilitarizado e a libertação dos reféns.

A iniciativa gerou um forte debate político.

Partidos à esquerda, como o PS, BE e Livre, consideraram a decisão "tardia", com o PCP a exigir o reconhecimento imediato.

O candidato presidencial António Filipe declarou que Portugal "já devia ter saído de uma verdadeira lista da vergonha".

À direita, o Chega defendeu que a decisão deve ser consensual a nível europeu, alertando que não se pode "reconhecer um Estado que é dominado por forças terroristas".

O candidato presidencial Luís Marques Mendes congratulou-se com a decisão, classificando-a como "inevitável".

Por sua vez, o embaixador de Israel em Portugal, Oren Rozenblat, advertiu que o reconhecimento seria um "prémio para o terrorismo".

ai briefingEm resumo
A intenção de Portugal de reconhecer a Palestina alinha o país com uma tendência crescente na Europa, mas expõe as divisões da política interna. Enquanto o Governo procura uma abordagem concertada e condicionada, a oposição de esquerda critica a demora, transformando um ato de política externa num teste às tensões políticas nacionais.

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