A decisão surge após Portugal ter subscrito uma declaração conjunta com outros 14 países na ONU, que considera o reconhecimento um "passo essencial para a solução de dois Estados". O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que se trata de um "percurso paulatino, seguro, consistente", e que o objetivo não é "levar uma medalha", mas sim alcançar a "paz no Médio Oriente".
O Governo estabeleceu condições para o reconhecimento, como um Hamas desmilitarizado e a libertação dos reféns.
A iniciativa gerou um forte debate político.
Partidos à esquerda, como o PS, BE e Livre, consideraram a decisão "tardia", com o PCP a exigir o reconhecimento imediato.
O candidato presidencial António Filipe declarou que Portugal "já devia ter saído de uma verdadeira lista da vergonha".
À direita, o Chega defendeu que a decisão deve ser consensual a nível europeu, alertando que não se pode "reconhecer um Estado que é dominado por forças terroristas".
O candidato presidencial Luís Marques Mendes congratulou-se com a decisão, classificando-a como "inevitável".
Por sua vez, o embaixador de Israel em Portugal, Oren Rozenblat, advertiu que o reconhecimento seria um "prémio para o terrorismo".