O Ministério da Saúde justifica a decisão com as "dificuldades amplamente reconhecidas" no acesso a estas terapêuticas e os relatos de uso indevido.

O objetivo é "regular e corrigir essas distorções".

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) reagiu prontamente, alertando que a medida compromete os cuidados a doentes diabéticos que também sofrem de doença coronária. A presidente da SPC, Cristina Gavina, afirmou que, para os cardiologistas, estes fármacos são essenciais para a "redução da mortalidade, do enfarte e do AVC" nestes doentes de alto risco. A SPC considera "um erro" impedir que estes especialistas prescrevam os medicamentos com comparticipação. Por sua vez, João Raposo, presidente da Sociedade Portuguesa de Diabetologia, embora considere a medida importante, teme que seja "um remendo" e que "não vai resolver o problema" de acesso, manifestando também preocupação com os doentes atualmente seguidos por outras especialidades.