A promessa surge após preocupações no setor sobre uma possível diferenciação de tarifas que penalizaria olivais e amendoais.

A garantia foi reforçada numa reunião com a Portugal Nuts – Associação de Promoção de Frutos Secos e a Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal.

A controvérsia teve origem em declarações do presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), José Pedro Salema, que defendeu uma atualização dos tarifários com preços distintos para culturas anuais (mais baixos) e permanentes (mais altos). As associações contestaram de imediato a ideia, afirmando que "penalizar as culturas permanentes, do amendoal e olival, quer no custo com a água, como na sua limitação em área, é não só um erro político como um erro técnico, mas também económico e estratégico". O ministro José Manuel Fernandes reiterou a posição que já tinha transmitido através da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP), assegurando que "não está prevista qualquer alteração ou subida das tarifas da água em relação às culturas permanentes" no âmbito do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA). Na reunião, os agricultores abordaram também a questão das dotações de rega definidas pela EDIA, que consideram "insuficientes para fazer face às necessidades hídricas" do olival e do amendoal, estimando um défice entre 20% e 30%.