Esta reforma visa centralizar e acelerar a transição digital da Administração Pública portuguesa.

A reformulação, aprovada em Conselho de Ministros a 31 de julho, foi anunciada pelo ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias, que a descreveu como "uma reestruturação da maior relevância". Uma das principais inovações é a criação do cargo de Diretor de Sistemas e Tecnologias de Informação da Administração Pública, uma função comparada à de um 'Chief Technology Officer' (CTO), que liderará a nova agência. O ministro sublinhou que esta figura, já existente em países tecnologicamente avançados como a Estónia, era "não existente em Portugal" até agora e terá a missão de articular transversalmente uma estratégia unificada para a transição digital.

A nova ARTE resultará da fusão de várias entidades da Administração Pública, com o objetivo de assegurar "uma única entidade com capacidade reforçada para acelerar a transformação digital do país", conforme avançado pelo secretário de Estado para a Digitalização, Bernardo Correia. O Governo pretende que esta nova estrutura centralize a estratégia tecnológica, promova a adoção de tecnologias emergentes como a Inteligência Artificial e seja responsável pela aquisição de tecnologias de informação e comunicação (TIC), otimizando recursos e processos.