A decisão, publicada em Diário da República, justifica-se com os atrasos na formação da equipa de trabalho devido à transição governativa. A equipa multidisciplinar foi constituída a 30 de abril, na sequência de uma falha generalizada do SIRESP durante o apagão nacional de energia ocorrido dois dias antes. O prazo inicial para a apresentação do relatório era o final de julho. No despacho de prorrogação, os ministros das Infraestruturas e Habitação e da Administração Interna, Miguel Pinto Luz e Maria Lúcia Amaral, referem que “as vicissitudes associadas à transição governativa condicionaram significativamente a formação da equipa, em particular a designação do respetivo coordenador”, que só ocorreu a 24 de julho.
A complexidade dos trabalhos, que exigirá a consulta de “múltiplas entidades”, foi também invocada para justificar o alargamento do prazo.
A decisão surge num momento em que a fiabilidade do sistema volta a ser questionada.
O comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, admitiu a existência de “problemas pontuais” no SIRESP durante o combate aos recentes incêndios, embora negando falhas estruturais na rede. Segundo o comandante, os picos de comunicação devem-se, por vezes, ao elevado número de operacionais no terreno.













