A iniciativa foi, no entanto, inviabilizada pelo Partido Socialista, que a considerou "chicana política".
Perante a gravidade da situação dos incêndios, o Chega e o PCP formalizaram pedidos para uma reunião extraordinária da Comissão Permanente, o órgão que substitui o plenário durante as férias parlamentares.
O objetivo era escrutinar a atuação do Governo, nomeadamente o que consideram ser um atraso na ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil e a gestão geral da crise. O líder do Chega, André Ventura, afirmou ser necessário que o executivo fosse ao parlamento “explicar porque geriram tão mal esta crise”.
O PCP, por sua vez, sublinhou a necessidade de debater “as causas, impactos e medidas de apoio às populações”.
Contudo, a realização do debate dependia de uma maioria parlamentar que não se concretizou. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, anunciou o voto contra do seu partido, justificando que “o PS é contra a chicana política, numa altura em que se está a combater os incêndios”. Carneiro acusou o Chega de “aproveitamento indevido” e de ter estado “10 dias sem qualquer tipo de reação”, acrescentando: “nós não faremos ao doutor Luís Montenegro, nem diremos do doutor Luís Montenegro, aquilo que o doutor Luís Montenegro disse do doutor António Costa e disse do Partido Socialista quando estava no Governo, a propósito dos incêndios”. A conferência de líderes agendou a discussão dos pedidos para quarta-feira, mas a posição do PS tornou o debate sem efeito prático.













