A iniciativa, anunciada após um Conselho de Ministros extraordinário em Viseu, visa uma resposta rápida e ágil à crise, abrangendo áreas como a habitação, saúde, agricultura e economia. Este vasto conjunto de medidas representa a principal resposta do executivo de Luís Montenegro à crise dos incêndios, que já consumiram mais de 234 mil hectares e provocaram três vítimas mortais. Entre as ações mais destacadas está o apoio à reconstrução de habitações próprias e permanentes, com uma comparticipação estatal de 100% até 250 mil euros e de 85% sobre o valor remanescente. Para garantir a liquidez das corporações de bombeiros no terreno, o Secretário de Estado da Proteção Civil, Rui Rocha, anunciou a agilização de adiantamentos de até 50 mil euros para cobrir despesas extraordinárias. No setor agrícola, foi criado um apoio excecional de até 10 mil euros para compensar prejuízos, incluindo despesas não documentadas, um mecanismo desenhado para ser célere. O pacote inclui ainda apoios de tesouraria para empresas, isenções de contribuições para a Segurança Social e o alargamento de prazos para obrigações fiscais.

Na área da saúde, foi anunciada a isenção de taxas moderadoras, medida que gerou controvérsia, com a ex-ministra Marta Temido a recordar que estas já não existem na maioria dos serviços do SNS desde 2022. O Governo clarificou posteriormente que a isenção se aplica a urgências para doentes não referenciados.

Apesar da abrangência do plano, a resposta do Governo foi alvo de críticas por parte de toda a oposição, que a considerou tardia e insuficiente, acusando o executivo de alheamento e de falhas na prevenção.