As escolas terão até 12 de dezembro, final do primeiro período letivo, para implementar as alterações nos seus planos. A aprovação surge quase um mês após críticas de especialistas e da oposição à revisão das Aprendizagens Essenciais de Cidadania e Desenvolvimento, que apontavam para a exclusão de conteúdos de educação sexual. O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, anunciou que a decisão foi tomada após a análise de mais de 10 mil contributos recebidos durante a consulta pública, que terminou em agosto. Segundo o ministro, a Direção-Geral da Educação (DGE) validou cerca de 2.300 contributos para a Estratégia Nacional e mais de 700 para as Aprendizagens Essenciais. A área da saúde foi a que gerou mais propostas, representando 87% das sugestões para a estratégia nacional e 71% para as aprendizagens essenciais.

Em resposta a esta participação, o Governo decidiu tornar "mais explícita a dimensão da educação sexual" nos novos documentos orientadores.

O ministro Fernando Alexandre indicou que as escolas receberiam as informações detalhadas na sexta-feira seguinte à aprovação, para que pudessem proceder às devidas alterações nos seus planos curriculares dentro do prazo estipulado.

Esta medida representa um ajustamento na política educativa do atual Governo, respondendo diretamente à mobilização da sociedade civil e de peritos da área.