O Ministro da Educação, Fernando Alexandre, recusou alterar as regras de conclusão do ensino secundário e de acesso ao ensino superior. A decisão mantém a obrigatoriedade de três exames nacionais para concluir o 12.º ano, apesar de o próprio ministro reconhecer que estas mudanças contribuíram para a diminuição de alunos colocados na primeira fase do concurso nacional. A posição do Governo foi tornada pública após a divulgação dos resultados da primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), que registaram o menor número de alunos colocados na última década, uma quebra que o ministro classificou como "preocupante". Associações de estudantes e instituições de ensino superior, especialmente as do interior, apelaram à revisão das regras, implementadas em 2023 pelo anterior governo.
No entanto, Fernando Alexandre defende que as alterações vão "no sentido correto" e que "não faz sentido mudar as regras novamente.
Somos pela estabilidade".
Para o ministro, o modelo atual é "uma garantia de qualidade" e os exames nacionais são "um instrumento essencial para garantir a avaliação das aprendizagens", permitindo identificar as escolas que funcionam bem e as que funcionam mal. Embora admita que possa haver "uma grande discussão nacional" no futuro para repensar o modelo de acesso, por agora, "os exames são para manter".
O ministro mostrou-se ainda disponível para debater novas estratégias com as instituições do interior, que foram as mais afetadas pela diminuição de alunos.
Em resumoO Ministro da Educação, Fernando Alexandre, confirmou a manutenção das regras atuais para os exames nacionais e o acesso ao ensino superior, que exigem três provas para a conclusão do secundário. A decisão surge apesar da quebra no número de alunos colocados, que o ministro atribui a estas mesmas regras, defendendo, no entanto, a sua importância para a qualidade e estabilidade do sistema.