A decisão permite que o deputado, eleito pelo círculo de Viseu, seja constituído arguido e interrogado num processo que investiga suspeitas de financiamento ilegal do partido.

A decisão foi tomada pela Comissão Permanente da Assembleia da República, que funciona durante as férias parlamentares, após um parecer favorável da Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados. O Ministério Público solicitou o levantamento da imunidade para poder avançar com as diligências formais no âmbito de um inquérito que investiga um "crime de participação na atribuição e obtenção de financiamento proibido". Segundo fontes ligadas ao processo, o caso está relacionado com uma alegada angariação irregular de fundos para o Chega.

Em causa estará um vídeo publicado por João Tilly na plataforma YouTube, onde terá divulgado uma conta bancária em nome da sua filha para a recolha de donativos.

O processo insere-se num conjunto mais amplo de investigações sobre o financiamento dos partidos políticos em Portugal.

Com esta decisão, as autoridades judiciais podem agora constituir formalmente o deputado como arguido e proceder ao seu interrogatório.