O primeiro-ministro antecipa uma discussão "relativamente simples", mas avisa que não negociará com base em "ultimatos ou linhas vermelhas".
As reuniões, que começam na quarta-feira, contarão com a presença de vários ministros e abordarão também outros temas como a Lei dos Estrangeiros e o reconhecimento do Estado da Palestina.
Luís Montenegro manifestou confiança no processo, citando a recente subida do 'rating' de Portugal pela Standard & Poor's como um sinal de credibilidade das contas públicas.
Segundo o primeiro-ministro, “será muito difícil à oposição encontrar argumentos para duvidar da essência do Orçamento do Estado”.
Apesar de se mostrar disponível para ouvir e integrar contributos, deixou um aviso claro: “Aqueles que se prenderem apenas às jogadas políticas e à gestão comunicacional vão falhar ao pais”.
A oposição já começou a demarcar as suas posições.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, advertiu que o seu partido votará contra o orçamento se este incluir as alterações propostas à legislação laboral, à Lei de Base da Saúde ou à natureza pública da Segurança Social.
O Chega, por sua vez, estabeleceu cinco condições para negociar, incluindo a redução da carga fiscal, o aumento das pensões e mais verbas para as forças de segurança.
Já Paulo Raimundo, do PCP, afirmou que a convocatória do Governo não se refere ao Orçamento, mas sim às Grandes Opções do Plano, e acusou PS e Chega de se acotovelarem para ver “quem é que é a noiva deste Governo”.














