O primeiro-ministro, Luís Montenegro, manifestou-se otimista, antecipando uma discussão “relativamente simples” e mostrando-se aberto a contributos, embora rejeitando “ultimatos ou linhas vermelhas”.
Nos encontros, que contaram com a presença de vários ministros, o executivo apresentou as suas principais projeções macroeconómicas, que servem de base à proposta orçamental. Segundo o que foi divulgado pelos partidos da oposição após as reuniões, o Governo prevê que a dívida pública fique abaixo dos 90% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano e que a economia cresça “pouco acima dos 2%”. O porta-voz do Livre, Rui Tavares, não deixou de ironizar, afirmando: “Este era um Governo que dizia que era fácil crescer acima dos 3%, aparentemente não é fácil crescer acima dos 3%”.
O cenário político para a aprovação do documento é complexo, dada a maioria relativa do Governo. O Chega, após a primeira reunião, posicionou-se como o “parceiro preferencial” do executivo, afirmando que os portugueses deram uma “maioria expressa à direita”.
Por sua vez, o Livre apelou à “pluralidade” no diálogo.
O PS, através do seu secretário-geral, José Luís Carneiro, já avisou que votará contra o orçamento se este refletir as propostas de alteração à legislação laboral, estabelecendo uma condição política clara para a viabilização. O Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, apelou ao “sentido de responsabilidade e realismo de todos” para que se encontrem consensos.














