Após uma reunião com o executivo, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, afirmou que o reconhecimento “pode estar para breve”, enquanto o Chega defendeu que “ainda não é o tempo” para tal passo. A questão foi abordada na ronda de reuniões que o Governo iniciou com os partidos para debater, entre outros temas, o Orçamento do Estado.
Rui Tavares mostrou-se otimista, sugerindo que a decisão poderá ser tomada em breve, possivelmente durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro, conforme já tinha sido sinalizado pelo primeiro-ministro.
O deputado do Livre sublinhou que, caso o reconhecimento avance, o seu partido exigirá “paridade na forma como é tratada a guerra da Rússia contra a Ucrânia com a guerra de Israel contra a Palestina”. Em contraste, a deputada do Chega, Rita Matias, expressou ceticismo, afirmando que, embora a solução do conflito passe pela existência de dois Estados, o seu partido tem “dúvidas e preocupações” sobre as condições para o reconhecimento, nomeadamente a garantia de que o Hamas seja desmantelado.
“Por hora não é tempo de reconhecer o Estado palestiniano”, concluiu, alinhando-se com posições mais conservadoras a nível europeu. O Governo, por sua vez, continua o processo de auscultação, tendo já ouvido o Presidente da República e prosseguindo agora com os partidos, antes de tomar uma decisão final sobre esta matéria de elevada sensibilidade diplomática.














