Nas reuniões iniciais com o Chega, Livre e Iniciativa Liberal, o Governo apresentou um quadro macroeconómico que prevê um crescimento do PIB a rondar os 2%, um ligeiro excedente orçamental de 0,1% e uma dívida pública abaixo dos 90% do PIB no próximo ano.

Estes números representam uma revisão em baixa face às promessas eleitorais da AD.

O Chega posicionou-se como o "parceiro preferencial" do Governo, com a deputada Rita Matias a afirmar que "esse parceiro preferencial foi decidido pelos portugueses a 18 de maio".

O partido exige uma redução da carga fiscal e um aumento permanente das pensões.

Em contrapartida, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, assegurou que o Governo irá "negociar com todos os grupos parlamentares", sem "lógica de preferência".

O PS, que reuniu com o executivo posteriormente, avisou que o crescimento previsto está "aquém das promessas eleitorais da AD" e estabeleceu como condição para negociar a exclusão de temas como as alterações à lei laboral da proposta orçamental.

O Livre, por sua vez, lamentou o "namoro preferencial" do Governo com o Chega e defendeu uma maior pluralidade no diálogo parlamentar.