Adicionalmente, foi determinado que os jovens diplomados terão de optar entre o benefício fiscal do IRS Jovem e a devolução das propinas (prémio salarial), medidas que geraram forte contestação por parte de associações de estudantes e partidos da oposição. O ministro da Educação, Fernando Alexandre, justificou o fim do congelamento das propinas com a necessidade de as instituições de ensino superior terem recursos para prosseguir "estratégias de excelência", argumentando que a medida favorece mais os alunos com rendimentos elevados. Quanto à não acumulação de apoios, o Governo considera que "a conceção de base do prémio salarial está errada e não é eficaz", sendo o novo IRS Jovem mais abrangente.

A reação do movimento estudantil foi imediata e contundente.

A Associação Académica de Coimbra (AAC) manifestou a sua "frontal oposição", alertando que a medida abre um precedente perigoso e contribui para a "elitização do ensino superior". O Bloco de Esquerda classificou a decisão como um "ajuste de contas contra os estudantes" e anunciou que apresentará uma proposta no Orçamento do Estado para travar o aumento.

O PCP também requereu a audição do ministro, considerando a medida um "retrocesso" que viola o direito constitucional à educação.