Nas reuniões com o Chega e a Iniciativa Liberal, o Governo terá comunicado a intenção de tratar os dois diplomas em momentos distintos. Segundo a deputada do Chega, Rita Matias, o executivo manifestou apreensão com um "efeito de chamada" de imigrantes após a decisão do TC e pretende encontrar soluções para as inconstitucionalidades em setembro. A IL revelou que a nova proposta do Governo deverá permitir o reagrupamento familiar com cônjuges, um dos pontos chumbados pelo TC, embora com condições.

Por sua vez, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, após uma visita a Angola, alertou para a "incompreensão" das autoridades angolanas face às alterações propostas sem diálogo prévio, defendendo que o adiamento da discussão da lei da nacionalidade "dá mais tempo para discutir" um tema sensível que deve salvaguardar as relações com os países lusófonos. O tema da imigração continua assim no centro do debate político, com o Governo a procurar um equilíbrio entre as suas intenções de maior controlo e as imposições constitucionais.