A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, defende que as mudanças visam modernizar regimes "muito rígidos" e reforçar a produtividade.

Contudo, a iniciativa enfrenta uma oposição veemente.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, classificou a reforma como "um grave retrocesso civilizacional" e uma "desumanidade inaudita", apelando a um "sobressalto cívico". Em sintonia, o secretário-geral da UGT, Mário Mourão, considerou a proposta "um ajuste de contas com a agenda do trabalho digno" e uma "obsessão ideológica", alertando que, se o Governo se mantiver intransigente, a UGT não excluirá formas de luta, incluindo a greve geral.

O líder do Livre, Rui Tavares, também garantiu oposição, argumentando que a produtividade "não aumenta obrigando as pessoas a estar mais tempo no trabalho".

O PS já assegurou que mobilizará "todas as forças políticas e sociais" contra a proposta, que considera não ter sido sufragada nas últimas eleições legislativas.