O processo visa a venda de uma participação na companhia aérea e será dirigido exclusivamente a operadores aéreos de grande dimensão ou a consórcios por eles liderados. De acordo com a resolução aprovada, o processo de privatização será estruturado em quatro fases distintas: pré-qualificação, apresentação de propostas não vinculativas, apresentação de propostas vinculativas e uma eventual fase de negociação final. Um dos critérios de elegibilidade fundamentais para os potenciais investidores é a exigência de receitas superiores a cinco mil milhões de euros em, pelo menos, um dos últimos três anos, o que demonstra a intenção do Governo de atrair apenas grandes nomes do setor da aviação com experiência comprovada. O decreto-lei que enquadra a operação prevê a venda de até 44,9% do capital da companhia a um investidor de referência, reservando ainda uma participação de até 5% para os trabalhadores da empresa. A decisão de avançar com a privatização tem gerado debate político, com o Partido Socialista a colocar como condição para a sua aprovação a manutenção do hub de Lisboa, um ponto considerado estratégico para a economia nacional.