O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, apelou a um "grande sobressoalto cívico", acusando o Governo de promover um "grave retrocesso civilizacional" que "ofendem particularmente os mais jovens, as mulheres e os trabalhadores mais vulneráveis".

As centrais sindicais, CGTP e UGT, uniram-se na oposição, com os históricos dirigentes Carvalho da Silva e Torres Couto a fazerem um apelo conjunto à mobilização contra medidas que classificam como "desumanas e indecentes".

A CGTP considera a proposta "uma das três ofensivas estruturais mais profundas" dos últimos 51 anos.

A UGT já admitiu avançar para uma greve geral se o executivo mantiver uma postura de intransigência.

As principais críticas incidem sobre a facilitação dos despedimentos, a desregulação dos horários, o alargamento da precariedade e as alterações nas regras da amamentação e do luto gestacional.

Após a primeira reunião de concertação social, a ministra admitiu rever as propostas sobre a parentalidade, afirmando que o Governo "não é imobilista", mas a estrutura central da reforma continua a ser um ponto de forte clivagem política e social.