A decisão, comunicada durante uma visita oficial a Berlim, visa garantir a isenção do ato institucional, evitando que seja interpretado como uma interferência na campanha para as eleições autárquicas, que se realizam uma semana depois. Marcelo Rebelo de Sousa explicou que a medida serve "para evitar, de qualquer maneira, que em pleno período de campanha eleitoral, na ponta final da campanha, a uma semana das eleições, se possa dizer que qualquer coisa que suceda tenha a ver com a campanha eleitoral".

Desta forma, a cerimónia na Praça do Município, em Lisboa, limitar-se-á ao "içar da bandeira e o hino nacional".

Estarão presentes os representantes dos órgãos de soberania, como o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os tribunais e os autarcas de Lisboa.

O Chefe de Estado recordou que esta não é uma situação inédita, observando que a última vez que não houve discursos na cerimónia foi em 2019, também por coincidir com o período de campanha para as eleições legislativas. A decisão reflete uma preocupação em preservar a neutralidade das comemorações nacionais em períodos de intensa disputa política, assegurando que o simbolismo da data não seja capturado por interesses partidários.