O caso, que se centra em negócios e movimentações financeiras entre empresas detidas pelo governante e a sua mulher, gerou forte controvérsia política e pedidos de esclarecimento. A investigação, conduzida pela PJ de Leiria e pelo Ministério Público de Santarém, incide sobre as empresas Quadradoaometro e Metric Memory, e já levou a pedidos de informação à Câmara Municipal da Golegã sobre um imóvel de luxo detido por uma das sociedades. A notícia motivou reações imediatas da oposição, com o PAN a exigir a demissão de João Moura e o Chega a requerer a sua audição urgente na Assembleia da República.
O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, reagiu com cautela, afirmando não ter informação sobre o processo, mas defendendo o normal funcionamento das instituições.
Numa declaração aos jornalistas, Montenegro alertou para o perigo de decisões precipitadas baseadas em queixas anónimas, afirmando: “Não podemos é funcionar num regime em que há uma determinada queixa anónima que dá origem a um processo e depois a notícia é que há um processo em execução e então a pessoa alvo dessa denúncia ou dessa queixa não tem condições para exercer cargos.
Isso não é sistema”.
O governante garantiu que o Governo acompanhará a situação “com sentido de responsabilidade”.
O Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, recusou-se a comentar o caso, remetendo para as palavras do Primeiro-Ministro. A polémica adensa-se com relatos de um relacionamento tenso entre o ministro e o seu secretário de estado, com fontes do setor a indicarem que José Manuel Fernandes já teria manifestado o desejo de substituir João Moura.














