A decisão, que está a ser articulada com outros parceiros europeus, poderá ser formalizada já na próxima semana.

Após concluir a audição dos grupos parlamentares, o Governo prepara-se agora para discutir o tema com o Primeiro-Ministro e o Presidente da República.

Paulo Rangel sublinhou que “o processo está em andamento e terá desenvolvimentos para a semana”, indicando que Portugal tem estado em “sintonia, nomeadamente com a França, o Luxemburgo e a Bélgica”, bem como com o Reino Unido, que também pondera uma decisão semelhante. O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa adotou uma postura mais cautelosa, considerando “prematuro” pronunciar-se sobre o tema, dado que se trata de um “processo que envolve muitos países” e que requer a construção de uma “posição comum”. A diplomacia portuguesa tem também endurecido o tom contra Israel, com Rangel a rejeitar acusações de dualidade de critérios e a revelar que deu instruções para uma intervenção na ONU a condenar a “atuação extraterritorial de Israel” no Catar.

A Conferência Episcopal Portuguesa também se manifestou sobre o tema, com D. José Ornelas a lamentar que a nova legislação sobre imigração e nacionalidade tenha mais “proibição” do que foco na integração, criticando discursos xenófobos que invocam a fé católica.