A iniciativa, proposta pela Iniciativa Liberal e presidida pelo Chega, foi assinalada por um apelo do Presidente da Assembleia da República à seriedade e rigor dos trabalhos. Composta por 24 deputados de todos os partidos com assento parlamentar, a comissão será presidida pela deputada do Chega, Marta Martins da Silva.

O seu objetivo é apurar "as responsabilidades políticas, técnicas, contratuais, legais e financeiras relativas ao INEM", abrangendo o período desde 2019 e focando-se em eventos como a greve de 2024 e o concurso para o transporte aéreo de emergência médica.

Na cerimónia de posse, o Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, fez uma intervenção marcante, sublinhando que as comissões de inquérito "são um serviço, não é um espetáculo".

Aguiar-Branco advertiu que estas comissões "não servem para alimentar polémicas nem para substituir os tribunais", mas sim para "apurar factos, esclarecer o país" e, com isso, reforçar a confiança dos cidadãos nas instituições.

O presidente do parlamento apelou ainda a que o interesse público se sobreponha aos interesses partidários, frisando a importância de "escrutinar sem destruir, corrigir sem descredibilizar e investigar sem dramatizar", dado o papel "absolutamente central" do INEM na resposta de emergência do Estado.