A iniciativa foi viabilizada com o apoio do PSD, mas enfrentou a oposição do Chega e da Iniciativa Liberal, que defendem um inquérito parlamentar com apuramento de responsabilidades políticas. A proposta socialista visa criar uma comissão composta por 12 especialistas de reconhecido mérito para realizar uma "análise exaustiva e factual" da campanha de incêndios de 2025, comparando-a com anos anteriores para "identificar as causas do fracasso operacional registado".
O debate que antecedeu a votação foi marcado por um confronto aceso entre os principais partidos.
O PSD, pela voz do seu líder parlamentar Hugo Soares, classificou a proposta do PS como "séria e construtiva", viabilizando-a.
Em contraste, o Chega opôs-se veementemente, defendendo a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) de cariz político, que avançará de forma potestativa. André Ventura considerou a CTI uma forma de "fugir das responsabilidades". Durante o debate, Hugo Soares acusou Ventura de ser "incendiário" por abandonar o plenário para se dirigir a uma manifestação de imigrantes no exterior. A Iniciativa Liberal também votou contra, argumentando que o apuramento de responsabilidades políticas deve ser feito no Parlamento e não por técnicos.
O PCP absteve-se.














