O plano prevê que o HGO funcione em permanência, enquanto o Hospital de São Bernardo, em Setúbal, receberá apenas casos referenciados pelo SNS 24 e pelo INEM.

A decisão surge após o encerramento da urgência do HGO no fim de semana anterior por falta de especialistas. A ministra justificou a medida com a carência de profissionais, afirmando que seriam necessários mais 30 obstetras para manter as urgências de Almada e Setúbal a funcionar em pleno.

A longo prazo, o Governo planeia lançar em 2026 um concurso para um novo Centro Materno-Infantil no perímetro do HGO.

A presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros (PS), considerou o anúncio "claramente insuficiente" para a "situação muito dramática" da região.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, foi mais contundente, classificando a medida como um "profundo retrocesso" e acusando o Governo de ter como objetivo "acabar com as três urgências que existem na península e transformar em apenas uma". Raimundo defendeu que o esforço deveria ser para contratar profissionais suficientes para manter a funcionar as urgências de Almada, Setúbal e Barreiro.