A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) classificou a medida como “inútil porque nem sequer há médicos a quem aplicar isto”, alertando que os poucos obstetras do Barreiro, a maioria com mais de 55 anos, poderiam rescindir contrato. O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, considerou a transferência forçada “absolutamente lamentável” e “censurável”, afirmando que “não se criam equipas de obstetrícia com despachos coercivos”.
A oposição estendeu-se ao poder local, com o presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, a criticar o “contacto zero” por parte da ministra e a prometer “oposição feroz”.
O PS de Setúbal também repudiou a decisão, temendo o encerramento de serviços de proximidade num distrito com forte crescimento populacional. O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, defendeu a necessidade de encontrar uma resposta, afirmando não estar “preocupado com a popularidade das decisões, mas com o efeito e as consequências que elas têm”.














