A reunião, que contará com a presença do Ministro das Finanças, marca o arranque de um debate crucial para centenas de milhares de trabalhadores e para o equilíbrio do próximo Orçamento do Estado. Apesar de existir um acordo plurianual assinado em 2024 que prevê aumentos mínimos, as estruturas sindicais afetas à UGT (Fesap e Frente Sindical) já manifestaram a intenção de rever o acordo para abranger toda a legislatura e reivindicar aumentos superiores aos previstos. A Fesap propõe uma atualização mínima de 95 euros para todos os trabalhadores e um aumento do subsídio de alimentação para 10 euros, enquanto a Frente Sindical defende um aumento global de 6,4% e um subsídio de 12 euros. A negociação ocorre num contexto em que o Governo já estabeleceu uma meta de 1.100 euros para o salário mínimo nacional até 2029, o que pressiona também a base remuneratória da Administração Pública.

Este processo negocial será um teste fundamental à capacidade de diálogo social do Governo e à sua gestão das contas públicas, num equilíbrio delicado entre as reivindicações sindicais e a prudência orçamental.