A medida, apresentada em conjunto com um acordo de financiamento com o Banco Europeu de Investimento, foi imediatamente criticada pelo Partido Socialista, que a classificou como um "erro político". O plano inclui a venda de edifícios emblemáticos, como a antiga sede do Conselho de Ministros, e visa, segundo o executivo, dinamizar o mercado e aumentar a oferta de habitação.
No entanto, a oposição, liderada pelo secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, argumenta que este património deveria ser utilizado para reforçar o parque habitacional público a custos acessíveis, em vez de ser entregue ao mercado livre. Carneiro levantou ainda a suspeita de que o Governo poderá estar a utilizar as receitas previstas com estas vendas para equilibrar as contas do Orçamento do Estado, dando "cobertura a fontes de receita orçamental para poder prever investimento que depois não será realizado". A decisão do Governo evidencia uma clara divergência ideológica na abordagem à crise da habitação, opondo uma estratégia focada no estímulo ao mercado privado a uma visão que defende uma intervenção mais direta do Estado na oferta de casas.














