Este último valor insere-se no novo conceito de “renda moderada”, que substitui a anterior “renda acessível”. Luís Montenegro admitiu que o valor de 2.300 euros pode parecer “um pouco elevado”, mas justificou-o como um “teto máximo” necessário para as zonas de maior pressão urbana, como Lisboa e Porto, onde se pretende fixar profissionais essenciais. O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, acrescentou que este valor corresponde a uma taxa de esforço de 40% para um agregado familiar com um rendimento mensal de cerca de 5.750 euros, que considera pertencer à classe média.
Para os inquilinos, a dedução máxima em IRS com rendas subirá para 900 euros em 2026 e 1.000 euros em 2027. Para os senhorios, a taxa de IRS sobre os rendimentos de rendas moderadas desce de 25% para 10%. O Governo anunciou ainda o agravamento do IMT para a compra de habitação por não residentes, excluindo emigrantes.
As reações da oposição foram largamente negativas.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou o Governo de “não conhecer o país” e alertou que a medida provocará uma “subida em espiral” das rendas.
O PCP e o BE mostraram-se “abismados” com o valor da renda moderada, considerando-o desfasado da realidade salarial portuguesa. Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou a iniciativa, considerando que a situação da habitação exigia uma “intervenção de choque”.













